Fluxo de caixa e capital de giro, dois conceitos administrativos indispensáveis para qualquer empreendedor. Mas você realmente sabe o que são e para que servem?
O Brasil conta hoje com uma expressiva quantidade de profissionais autônomos e microempresários, que enxergam no empreendedorismo uma oportunidade de gerir seu negócio da forma que melhor lhe convém, além de trabalhar com aquilo que realmente gostam.
Porém, contar com uma boa ideia e colocá-la em prática, não garante o sucesso do negócio. Além da parte burocrática de formalização da empresa, é necessário que o novo empreendedor tenha em mente a importância da aplicação correta do fluxo de caixa e capital de giro em sua empresa.
Essas duas ferramentas fazem parte do coração financeiro de qualquer negócio. Entendê-las e, principalmente, saber como utilizá-las é de vital importância para a sobrevivência e sucesso da sua empresa. Vamos começar esse artigo explicando cada um dos conceitos e como eles ajudam o empreendedor no controle administrativo de uma empresa.
O que é fluxo de caixa?
Na verdade, se trata de um instrumento básico de controle financeiro de todos os valores que entram e saem do caixa da empresa. O objetivo do fluxo de caixa é apurar e, principalmente, projetar o saldo disponível para que a empresa nunca fique carente de capital de giro – que explicaremos mais adiante.
Esta é uma ferramenta simples e que pode até ser empregada na vida pessoal do empreendedor. No fluxo de caixa devem ser registrados:
- Recebimentos – vendas à vista (dinheiro, cheque, débito, boleto), vendas à prazo, parceladas, duplicatas, etc.
- Pagamentos – despesas, compras à vista, à prazo, etc.
- Previstos – Organização trimestral de todos os pagamentos que vão entrar nesse período de tempo.
Vamos a um exemplo simples. Imagine que uma empresa comece com R$2.000 em caixa. No seu primeiro mês de operação, ela obteve receitas que totalizaram R$500 com as suas vendas, mas as despesas foram de R$650.
Para entender o resultado do período, o administrador pode usar a seguinte fórmula:
Resultado do mês = Caixa inicial + Receitas – Custos/Despesas
Ou seja, aplicando o nosso exemplo à fórmula, teríamos o seguinte cálculo:
Resultado do mês = 2000 + 500 – 650 = 1.850.
Trocando em miúdos, essa empresa fictícia teve um prejuízo de R$150 no mês de análise. Para o próximo mês, o caixa inicial é de R$1.850 (2.000-150).
Saldo e controle operacional
Com o controle de fluxo de caixa, o empreendedor tem uma visão financeira do presente e do futuro da empresa, podendo programar decisões importantes como: redução de despesas sem comprometer o lucro, planejamento de investimentos, aquisição de material, novas contratações, promoções, planejamento de solicitação de empréstimo, etc.
Conforme já mencionado, o fluxo de caixa é válido para todo e qualquer tipo de negócio. Porém, a estrutura desta ferramenta depende da natureza da empresa e mesmo das necessidades do empreendedor. Para que o controle seja sempre preciso, é indicado realizar a conta do saldo de caixa diariamente. Importante ressaltar que valores elevados, sejam positivos ou negativos, sugerem a necessidade de um aprimoramento na organização financeira.
Quando o fluxo de caixa apresenta saldo positivo, é ideal buscar formas de investir esse valor para obtenção de rendimento, ou mesmo despender parte da quantia em maquinário, reforma ou outras benfeitorias para a empresa.
Por outro lado, saldos negativos elevados sugerem uma análise aprofundada das despesas, a possibilidade de renegociação de pagamentos a fornecedores entre outras medidas de contenção. Em tempo, é necessário descobrir as principais causas que geraram esse déficit, que pode ocorrer por inadimplência dos clientes ou queda repentina nas vendas, por exemplo. Outra situação que pode gerar saldo negativo em caixa é quando os prazos de recebimento forem maiores que os prazos de pagamento. Nesse caso, é essencial planejar e organizar muito bem seu capital de giro para assegurar a saúde financeira da sua empresa.
O que é capital de giro?
O valor disponibilizado para uma empresa garantir o seu funcionamento operacional a cada mês, independentemente do desempenho do negócio dentro do curto prazo, é denominado de Capital de Giro.
Essa é uma prática essencial dentro de pequenos negócios, especialmente em fase inicial. Isso porque, durante o processo de maturação, é normal que os gastos se sobressaiam aos ganhos. E, para que a empresa possa se consolidar, é necessário garantir valor disponível para pagamentos e despesas. Isso é feito pelo capital de giro.
Existem algumas finalidades para o capital de giro. Entre as principais podemos citar o pagamento de funcionários e fornecedores, manutenção de estoques e garantia de impostos em dia, por exemplo. Assim, essas obrigações são garantidas mesmo que o desempenho operacional do negócio esteja abaixo da expectativa.
Dicas e cuidados com o setor financeiro da sua empresa
Agora que você já sabe o que são e para que servem o fluxo de caixa e o capital de giro, chegou a hora de implementar essas estratégias na sua empresa. Separamos a seguir algumas dicas simples para te orientar:
Corte tudo que for supérfluo: identifique custos que podem ser diminuídos e se programe para cortá-los.
Disciplina é essencial: não utilize o capital de giro para cobrir alguma despesa e deixe de repor o valor utilizado. Esse tipo de prática pode causar um rombo nas suas finanças e um ciclo sem fim que pode comprometer seu capital de giro.
Aprenda a negociar: busque sempre estabelecer os melhores prazos e condições de pagamento com seus fornecedores. Quando se trata dos clientes, busque reduzir ao máximo os prazos de financiamento, mas sem esquecer de ficar de olho nas práticas de prazo da concorrência.
Planilha de despesas: organize todos os recebimentos, despesas e prazos da sua empresa em um local só. O Wide Pay disponibiliza uma planilha de fluxo de caixa para te ajudar. O material é autoexplicativo e muito simples. Basta clicar aqui, preencher seus dados que a planilha será enviada a você via e-mail.
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