Desde a década de 2010, o termo startup vem pairando em portais de notícias com vertente empresarial e tecnológica. Na época, o Brasil começava a desenvolver um ecossistema propício para esse formato de empreendimento. Os avanços foram significativos, pois, em pleno 2021, já contamos até mesmo com startups “unicórnio” nascidas em terras tupiniquins. Mas afinal de contas, o que exatamente caracteriza uma startup? Trazemos a seguir um conteúdo completo que explica tudo o que envolve o universo desse modelo de negócio.
Como tudo começou
As primeiras startups nasceram nos Estados Unidos, mais precisamente no Vale do Silício (Califórnia) ainda na década de 50, quando o então vencedor do Prêmio Nobel de Física William Shockley, recrutou oito jovens cientistas para abrir uma empresa de tecnologia que seria sediada justamente na região do Vale do Silício.
A ideia original deu errado, mas em 1957 os oito cientistas se juntaram e formaram a primeira startup da história, a Fairchild Semiconductor. Na metade da década de 60, a empresa já estava avaliada em mais de U$20 milhões e tinha gerado 31 spin offs (empresas derivadas), sendo que 29 destas contavam com mentoria e/ou investimento dos oito sócios da Fairchild. Com o crescimento dessas empresas, o Vale do Silício foi se tornando um polo tecnológico e intelectual, pois conta também com universidades de renome, como Stanford e Carnegie Mellon.
O termo startup surgiu apenas na década de 90, época da “bolha da internet”, quando as empresas de tecnologia (ou “ponto com”) tiveram uma alta histórica em suas ações. No Brasil, as primeiras empresas designadas startups nasceram a partir de 2011.
O que é uma startup
O conceito de startup, em suma, pode ser definido como: uma empresa muito jovem ou em fase de amadurecimento que parte de uma ideia inovadora, apresentando crescimento rápido e escalável. Porém, além do conceito, o que caracteriza as startups é uma série de critérios, sendo o uso da tecnologia o principal deles, bem como o fator de risco – afinal, ideias inovadoras podem dar muito certo ou muito errado.
Em essência, as startups buscam soluções criativas para demandas sociais diárias. O sucesso dessa “ideia” se dá por conta da amplitude de acesso e geração da necessidade, aliadas ao baixo custo de execução e alta lucratividade. Dessa forma, podemos estabelecer os seguintes critérios de definição para uma startup:
- Inovação: busca de soluções criativas para problemas reais
- Disrupção: quebra de padrões, paradigmas e modelos de negócios “antiquados”
- Tecnologia: uso e/ou aprimoramento da tecnologia como ferramenta principal
- Economia: custo empresarial baixo
- Escalável: capacidade rápida de expansão e de lucratividade (que supere a estrutura de custos)
Um exemplo bem acessível de startup é a empresa Uber que, através de um aplicativo de celular (tecnologia barata), conecta motoristas e passageiros (amplo acesso), buscando uma solução para o problema da mobilidade urbana ao mesmo tempo que gera novos empregos (demanda social diária/lucro).
Ecossistema
Para que uma startup realmente prospere, não basta contar com boas ideias. É necessário encontrar ferramentas de planejamento e execução para tirar todo o projeto do papel e colocá-lo em prática. Dessa forma, o ideal é que a empresa nasça em um ambiente propício, contando com infraestrutura, mão de obra qualificada, possibilidade de mentorias e até mesmo investidores. Toda essa atmosfera ideal é denominada de Ecossistema, pois ele propicia o crescimento da empresa.
Esse ecossistema é formado por “atores”, que prestam suporte dos mais variados tipos às startups, como por exemplo:
Aceleradoras: empresas que buscam startups para atuar como mentoras e/ou investidoras por determinado período a fim de estimular seu crescimento. Contando com especialistas na área, as aceleradoras têm o intuito de impulsionar ainda mais o crescimento da startup.
Incubadoras: oferecem todo o suporte para os primeiros passos da empresa, colaborando com infraestrutura, cursos de aperfeiçoamento, acesso à tecnologia, ajuda na elaboração de um plano de negócios e network, entre outros.
Investidores-anjo: além de contribuírem com capital financeiro, esses atores agregam valor ao empreendedor através de seu conhecimento, atuando como mentores e consultores após o aporte de capital.
Hubs de inovação: espaços físicos propícios para que as startups sejam colocadas em prática. Esses são os locais que conectam todos os atores do ecossistema.
O melhor exemplo de ecossistema é o próprio Vale do Silício (lembram do começo do post?), uma grande região com diversos municípios, que foi praticamente projetada para essa finalidade. Tanto que o local abriga as sedes das gigantescas Apple, Google, Facebook, Microsoft e Yahoo!, sendo que todas elas nasceram como startups.
Unicórnios existem!
Conforme já mencionado, uma das principais características das startups é a geração de lucro rápida e escalável. Ou seja, com pouco tempo de existência as startups começam a valer milhões. Uma startup se torna um unicórnio quando sua avaliação ultrapassa os U$1 bilhão (quase seis bilhões de reais).
Atualmente, o Brasil está na lista dos 10 países com empresas avaliadas acima de U$1 bi, contando atualmente com 16 unicórnios. O primeiro unicórnio brasileiro foi a empresa de transporte individual 99, que atingiu a marca histórica em 2017.
As startups atingem o status de “empresa” quando se consolidam no mercado. Porém, não existe um período determinado para isso, tendo em vista que cada startup tem seu tempo para crescer, se desenvolver e, finalmente, se estabelecer no mercado.
Para fomentar o desenvolvimento e crescimento das startups, o Brasil vem aprimorando algumas de suas políticas empresariais. No final de fevereiro de 2021, o Senado aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 146/2019, que institui o Marco Legal das startups e do Empreendedorismo. O projeto – que retornou à Câmara por conta de alterações no texto base – apresenta medidas de estímulo à criação de empresas com viés de inovação e ainda determina incentivos aos possíveis investidores.
Ou seja, esse é um bom momento para tirar aquela ideia incrível e inovadora do papel e colocá-la em prática. E quando o assunto é empreendedorismo, o Wide Pay serve como grande reforço empresarial na gestão de pagamentos. Crie sua conta grátis e descubra o mundo de facilidades que o Wid Pay pode te oferecer.