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Capital de giro em tempos de crise: como se precaver?

Capital de giro em tempos de crise

O capital de giro é, sem dúvidas, um dos recursos financeiros mais importantes para um empreendedor. E isso vale para qualquer momento econômico: trata-se de uma quantia de capital essencial para garantir o bom funcionamento de uma operação.

Essa é uma questão que ganha destaque em tempos de crise. Com dificuldade em manter os níveis de venda com o isolamento social recente, negócios que não possuem um bom capital de giro tendem a sofrer ainda mais, correndo inclusive risco de falência.

 

Como organizar o capital de giro em tempos de crise?

Pensando em tudo isso, os desafios impostos pela crise exigem atenção com o seu capital de giro. Não queremos apresentar o conceito dessa ferramenta ou mesmo como calcular o capital de giro, pois já ensinamos isso em posts anteriores.

Hoje, nós vamos focar no atual momento econômico global. Neste cenário, o empreendedor precisa tomar algumas medidas emergenciais como proteção ao negócio, permitindo assim que mantenha as atividades em funcionamento. Vamos conferir algumas dicas de como fazer isso.

 

Organize bem as contas e veja se o capital de giro é suficiente

Todo planejamento financeiro começa com cálculos. Não há como escapar deles se você está liderando de um negócio. E tudo começa entendendo a sua atual situação geral, algo que inclui a análise do que possui em caixa e confrontando com a sua lista de contas a pagar no curto prazo (inclua aqui algo próximo entre seis meses e um ano).

É verdade que, no cálculo do capital de giro, você ainda deveria contemplar contas a receber, fruto de parcelamentos e vendas a prazo para os seus clientes. No entanto, nesse momento de crise, é bastante perigoso contar com os recebimentos. É inegável que temos um aumento considerável sobre o risco de inadimplência.

Sendo assim, você pode montar três cenários. Um otimista, contemplando todos os recebíveis que estão pendentes, outro realista, desta vez aplicando uma taxa de inadimplência em linha com a expectativa de mercado, terminando com uma versão pessimista, aplicando uma forte queda nas entradas do seu fluxo de caixa.

 

Planeje seu fluxo de caixa para os próximos meses

Ainda pensando em fluxo de caixa, o ideal é trabalhar com períodos entre três e seis meses, o que podemos considerar como médio prazo no cenário brasileiro. No entanto, dado o atual momento de crise, seria ainda melhor trabalhar com análises recorrentes do seu capital de giro, reestruturando a cada três meses esse planejamento.

Isso porque, apesar de vermos um caminho na direção da reabertura econômica, os impactos da crise são bastante incertos. Desta forma, muita coisa pode mudar ao longo dos próximos meses e, visando a proteção do seu capital de giro, o monitoramento financeiro passa a ser vital.

 

Negocie os seus principais pagamentos

Outro aspecto que pode ser trabalhado não apenas em momentos de crise, como constantemente, é a redução de custos. Esse é um tópico que vai exigir boa disponibilidade de tempo, pois envolve diversos fatores diferentes.

O primeiro deles fica por conta de investimentos. Um consumidor reduz seus gastos durante um período de recessão, justamente para evitar o endividamento. Um negócio deve agir da mesma forma, evitando gasto desnecessários. Comece, portanto, elencando seus custos essenciais e olhando com cautela para aqueles mais superficiais.

Em segundo momento, caso o seu ponto comercial seja alugado, essa pode ser uma cobrança a ser verificada. Avalie a possibilidade de descontos ou adiamentos com o proprietário, algo que pode ajudar a dar fôlego para o seu caixa. Isso sem esquecer de outras despesas também — como dívidas bancárias ou pagamento de fornecedores.

 

Priorize vendas à vista ou no cartão de crédito

Outra dica importante para esse momento de crise está sobre as vendas. Dê preferência para comercializar seus produtos e serviços com vendas à vista ou, na melhor das hipóteses, via cartão de crédito. O motivo nós já adiantamos neste mesmo texto: o maior nível de inadimplência projetado para 2020.

Ou seja, essa é uma forma de proteger as suas vendas. Isso porque vendas à vista não possuem risco de calote: o valor é pago no ato da compra. E, no caso do cartão de crédito, há uma instituição bancária como intermediário. Essa é, portanto, uma boa prática no atual período econômico, ainda que implique em maior dificuldade para comercialização.

 

Cuidado com o seu estoque

Não é apenas o capital de giro que exige reavaliação em uma crise. O estoque também: não faz sentido manter as compras costumeiras para a sua loja se claramente temos uma queda acentuada nos níveis de consumo.

Não há necessidade, portanto, de exagerar no seu estoque. Foque no mínimo necessário para garantir o funcionamento da sua operação. Além disso, é recomendável executar algum tipo de ação promocional em mercadorias com baixo giro mensal, facilitando a sua saída.

A atenção deve ser redobrada em casos de produtos próximos da validade. Assim, caso esse seja o seu caso, use de estratégias de marketing que permita o uso das mercadorias sem perda permanente.

 

Outras ações para enfrentar a crise

Por fim, após verificar todos os passos anteriores, você ainda tem algumas oportunidades de melhoria de resultados. Abaixo, listamos outras três situações que podem ser empregadas para gerenciar o seu capital de giro em momento de crise:

 

Deu para entender como lidar com o capital de giro durante a crise?

Esperamos que as dicas listadas neste artigo permitam que você tenha sucesso no gerenciamento do seu capital de giro neste momento de crise. O cenário exige muito esforço e dedicação, mas ao montar uma boa estrutura de capital será possível sobreviver e colher frutos futuros para o seu negócio.

Ademais, vale lembrar que você pode criar uma conta grátis no Wide Pay e aproveitar de todas as vantagens que oferecemos na gestão de cobrança e fluxo de pagamento dos seus clientes. Essa é, afinal, outra boa forma de manter o controle de capital de giro em momento de crise.

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