Compras online cresceram não apenas no Brasil, mas também em diversas partes do mundo. Com a necessidade de isolamento social, mais pessoas perderam o medo da internet. Agora, muitos consumidores aceitam compartilhar dados pessoais ou bancários para aquisições via internet.
Só que em algum momento a pandemia vai acabar – talvez com a vacina, fruto dos esforços de centros mundiais de pesquisa ainda empenhados em produzi-la. E, depois que tudo passar, o crescimento das compras online vai acabar? Provavelmente não!
Estatísticas indicam: compras online devem permanecer em alta
Nacionalmente, houve aumento de 11% nas transações Visa no primeiro semestre de 2020, se comparado ao mesmo período de 2019. O ticket médio das transações cresceu 12%. A operadora considera como uma das razões a evolução no número de compras online.
Uma pesquisa da Ebit/Nielsen aborda especificamente as lojas virtuais. Ela mostra que, em termos mercadológicos, as lojas brasileiras registraram uma alta de quase 40% no primeiro semestre de 2020. No total, foram mais de 90 milhões de pedidos. Isso, claro, comparado ao primeiro semestre de 2019.
Há também a pesquisa da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), denominada Novos Hábitos Digitais em Tempos de Covid-19. Os dados revelam que brasileiros compraram mais por meios digitais desde que surgiu a necessidade do isolamento social.
O estudo mostra que pelo menos 60% de clientes que já consumiam na web aumentaram o volume de compras cibernéticas. Antes, um brasileiro comprava bens ou serviços presencialmente, às vezes com valores mais baixos. Com a pandemia, o mesmo cidadão se arrisca nas compras online, mesmo com preços mais caros.
O crescimento dos gastos foi superior a 50%. O destaque fica para o setor de alimentação, cujo aumento quase atingiu a casa dos 80%. No estudo da SBVC, foram consideradas as opiniões de mais de 1.000 consumidores de todos os estados – mulheres e homens na fase adulta.
Tecnologia salvando os pequenos negócios na pandemia
A conclusão é de que o varejista deve logo aderir à transformação digital. Só assim ele será capaz de manter seu negócio em funcionamento, mesmo depois da pandemia.
Para evitar a contaminação, muitos consumidores têm superado a fobia de tecnologia. Uma grande porcentagem tem assumido um comportamento mais digital no momento de consumir.
Inclusive, diversos donos de mercadinhos começaram a investir na transformação digital – pelo menos no momento de escolher um método para recebimentos a distância.
Alerta: prazo de entrega!
Embora as compras online estejam em ascensão, os vendedores precisam de atenção quanto ao processo logístico. O aumento das vendas na web muitas vezes significa estender os prazos de entrega.
No estudo da SBVC, 690 pessoas disseram que o tempo para receber os produtos ficou mais longo. Dessas, 570 mostraram tolerância quanto à demora para receber produtos. Apenas 90 pararam de comprar online por problemas do tipo.
Com escassez de renda, as compras estão cada vez mais planejadas. Um ligeiro aumento do prazo de frete às vezes pode influenciar no controle dos gastos compulsivos e no orçamento familiar.
Aumento na satisfação das compras online
Ainda sobre a pesquisa da SBVC, os entrevistados satisfeitos somaram 80%, aproximadamente. Isso mostra que e-commerces e apps vêm sendo muito bem aceitos pelo público nacional.
A pandemia mudou os hábitos de pessoas que nunca quiseram comprar online. Hoje, elas estão atentas a vários elementos. Por exemplo:
- Promoções do mercado virtual.
- Negociações e buscas por melhores preços.
- Recebimento de ofertas por e-mail.
- Fretes grátis.
Cerca de 51% pretendem comprar ainda mais em sites e apps. Outros 70% devem gastar mais com compras online do que gastavam antes da pandemia. Há uma mudança verdadeira no comportamento de consumidores. Empresas que conseguirem se relacionar melhor online podem sair na frente da concorrência.
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